quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Flagrantes da Vida Real


Há momentos na vida que quando são contados mais parecem anedotas... Estou a lembrar-me assim de repente de uma dessas situações que me contaram na passada 6ª feira.

Estava eu a jantar num restaurante ali para os lados de Queluz, muito bom por sinal, com o dono do restaurante e o meu amigo A.
Até aqui tudo normalíssimo, um excelente prato "Bife a la creme", um bom vinho e boa companhia. Tal como das outras vezes em que fui lá jantar, o meu lugar parece que está reservado :) e os restantes elementos também mantêm as posições. Ficando o lugar vago do meu lado esquerdo. Graças a esta situação tenho conhecido algumas pessoas caricatas que se vão sentando nesse mesmo lugar.
Uma delas, foi então na 6ª feira. Conversa puxa conversa e copos também e então o senhor chegou á parte da hipotética anedota... que aconteceu mesmo.

Um amigo dele 2 semanas antes ia a passar de carro na zona dos restauradores, quando viu numa paragem de autocarro uma ex namorada que não via á anos. Parou, cumprimentou-a e ofereceu-lhe boleia até casa. A sra aceitou e lá foram a por a conversa em dia durante o caminho. No meio de várias conversas, ele ficou a saber, entre outras coisas (com certeza mais importantes), que os sacos que ela trazia na mão eram 2 pares de sapatos que tinha comprado pois estava mesmo a precisar.
A viagem foi breve, a conversa também e a despedida seguiu o mesmo parâmetro.
Uns dias depois, num fim de semana, ele e a esposa, filhos e respectiva sogra, vão em viagem até á Costa da Caparica para um almoço de familia. Ás tantas, a meio da ponte 25 de Abril, surge uma travagem de emergência e qual não é o espanto e atrapalhação do homem, quando um sapato lhe vem parar aos pés quase a tocar a embraiagem.
Ao ver-se naquela situação constrangedora, não faz mais nada a não ser atirar o sapato pela janela de uma forma discreta (como o conseguiu ainda gostava de saber). Já muito mais aliviado e até satisfeito consigo próprio pela ideia brilhante, segue viagem e até começa a encarar aquele dia com outros olhos.
Chegados á Costa, sai do carro... sorridente. Até que de repente se ouve uma voz que iria mudar todo aquele cenário de paraíso... "Mas onde é que está o meu sapato???"
Petrificado, olha para a sogra que revira o carro em busca do sapato perdido... Quanto ao resto da história é um pouco irrelevante... parece (pelo que foi dito) que o senhor nunca confessou o que tinha feito e o mistério do sapato continua a pairar no ar.... Depois há quem diga que há coisas que não se explicam... bruxo!!!

5 comentários:

  1. Há quem passe a vida a contar pequenas grandes mentiras para ocultar verdades inocentes. Dificil de entender, mas quem nunca teve necessidade de o fazer q atire a 1ª pedra. Infelizmente as pessoas preferem acreditar numa mentira que lhes "agrade" do que numa verdade que as deixe "tristes".

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  2. É verdade amigo Frique, bem verdade.. já perdi duas amizades á conta de verdades tristes.. O que fazer então de futuro?? Continuar a perder amizades, ou tentar abrir os olhos de quem não quer ver?
    Gostei muito de te ler por cá :)
    Beijoca

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  3. Construir relações sólidas em que nã haja necessidade de esconder nada. Por que raio devemos modificar a nossa maneira de ser só pq passamos a ter um relacionamento.Afinal quando nos conhecem aceitam-nos como somos e assim q temos o papel assinado fazem questao de nos tentar modificar ao ponto de sermos outros.
    Eu sei q é dificil mas não devemos abdicar da nossa liberdade em funçaõ de determinadas exigências.

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  4. Não é apenas com papeis assinados.. por mim falo que nunca tive nenhum "papel assinado" e no entanto, há sempre quem tente modificar a nossa maneira de ser.
    Actualmente voltaria a fazer o mesmo.

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  5. O que é mt estranho, pq se alguém gosta de nós, passa a conhecer-nos melhor, e se apaixona, é pq viu em nós algo de que gostou e muito. Não há relações perfeitas, tudo na vida passa pelo equilibrio e se na vida se tem a sorte de encontrar alguém que nos dá 80% do q precisamos, porquê passar a o resto da vida a exigir os 20% q a obrigariam a tornar-se numa pessoa diferente? Acho que as pessoas actualmente pensam pouco, são extremamente egoistas e exigentes e acabam por perder o que gostam. Quando o querem recuperar (e quase sempre querem) a maior parte das vezes é demasiado tarde.

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